terça-feira, 1 de outubro de 2013

A intolerância e minha descoberta:

   Há cerca de um ano e meio atrás procurei um gastroenterologista (médico especialista no sistema digestivo) queixando-me de dores abdominais, enjoos, mal estar e dor de cabeça. Quase que numa premonição do diagnóstico que me viria, cheguei no consultório afirmando que algumas coisas que continham queijo me causavam todo esse mal. Ele, sorriu e sem muitas dúvidas, me disse que eu era intolerante à lactose e me tranquilizou afirmando que uma grande porcentagem da população brasileira também é.
   Para não ficar só nas palavras, ele me passou uma série de exames, inclusive ultrassom abdominal (como tenho histórico de problemas de vesícula na família, essa seria uma outra opção de um possível causador dos sintomas), o exame de sangue que detecta se a pessoa tem intolerância ao glúten e o teste de intolerância à lactose.
   Data marcada. Lá vou eu fazer o exame de intolerância à lactose, que consiste no seguinte: 
   Uma coleta de sangue para medir sua glicemia basal (taxa de açúcar no sangue em jejum), posterior a essa coleta, o paciente toma um copo bem grande de lactose (não sei ao certo a quantidade em ml, lembrando: não sou médica! rs) e são coletadas mais três amostras a cada 30 minutos para saber se houve alguma alteração na taxa de glicemia. 
   O que o exame pretende?
   Descobrir se seu organismo é capaz de digerir o principal açúcar do leite: a queridinha lactose. Se seu corpo possuir enzimas lactase suficiente, sua glicemia irá aumentar nas medidas seguintes ao momento que você bebeu a lactose, pois seu organismo foi capaz de digerir a lactose. Caso contrário, não havendo enzimas suficientes, essa lactose não é digerida, o que resulta em todo mal estar. Pois com o intestino não conseguindo absorvê-la, há  atuação de bactérias que fermentam o alimento e causam todos os sintomas.
   Bom, diante do exame não houveram dúvidas: Eu era mesmo (ainda sou, sempre serei, né? rs) intolerante à lactose! Meu corpo não produz enzimas suficientes para digerir a lactose. Confesso que antes mesmo de sair do laboratório, eu já sabia que era intolerante, pois passei muito mal durante o exame! Tive todos os sintomas clássicos: enjoo, dor de barriga, dor de cabeça, gases... Bom, diante dos fatos, não há dúvidas.
    Essa descoberta mudou minha vida, afinal foram muitos anos comendo leite condensado (e passando mal, mas achando que era qualquer outra coisa, rs), queijo, sorvete... Mas descobri alternativas, mudei meu paladar, descobri novos sabores e aprendi a negociar comigo mesma, descobrindo pouco a pouco o quanto eu poderia comer de alguma coisa com leite e que não me faria mal. Para quem não sabe, ninguém sabe ao certo o quanto é intolerante, é questão de descobrir pela experiência. E é essa experiência que vou dividir aqui com vocês!!!!

Beijinhos, meus leitores! A gente vai se falando!!!!

  Algumas ilustrações (presentes na internet) para o que falei aqui: